quinta-feira, setembro 26, 2013

Pele

Tua pele fissura
E pelo abismo
Desvendado de manhã pela primavera
Surgem
- Aos poucos, como folhas soltas no chão de palavras,
Guerras amores pecados capitais
Humanidades
Explodimos canções, amor,
E tocamos o indelicado momento
O sine qua non
(A existência das tardes de descobertas incólumes, pronunciadas por essa língua que cria e destrói apaga e colore)
Silencio!
Corre pela superfície do meu corpo-estado
Um rio intermitente
Atravessa minhas planícies e vales
Escondido pelo tempo:
Seca inverno terra
- Ter havido em mim todas as disposições
E agora hachuras de versos
Ter calado em nós todas as circunstâncias
Fronteiras e declínios
Pudera.

E, depois de nós,
Adiante ali onde as coisas não se explicam

O sol.