terça-feira, maio 27, 2014

Madrugada

de madrugada
quando me deito
no escuro do meu silêncio
poemas de variadas formas
vêm aninhar-se a mim

ficamos todos
os poemas e eu
calados esperando
aquecidos, nesse frio
                 [besta que faz em cuiabá
o momento em que surja o dia

quando lá pelas tantas
em que já desponta um sol careca
levanto atrasado
e os poemas
percebo logo
já se foram
cada um para o seu rumo

fazer valer o sonho dos meninos
que não sentem nas costas
o peso do que é o viver