quarta-feira, julho 27, 2011

Tempo

E então estava só.
Enquanto te esperava,
rondós da fumaça do cigarro
me diziam:
“ainda há tempo pra ter tempo”
E então eu tive.
E então eu te vi.
Sentei-me no meu futuro – sujo desconsolo
E protestei qualquer coisa que não se ouvia.
“Quando você chegou, nada falei. Nada faz lei”
Nem Juízo ao que eu sentia.
E Então, só estava?
Fazendo o que?
Em quanto tempo teve tempo?
Rondós e Madrigais,
Madrugais, e me (des)espere.

(Cuiabá, 2008)


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Eu resolvi postar uns textos que estavam publicados no recanto das letras. Comecei por "gatos", poema bobo, de 2005, e agora, um tanto mais "maduro", posto "tempo", de 2008. É fato que minha escrita mudou um tanto, fato que tenho me estabilizado um tanto mais como escritor, desde a ortografia à preocupação com a estrutura sintática. Eu escolhi esse poema porque me é um tanto querido, porque gosto dos dois últimos versos, e porque li um poema do Caio B.(grande Caio, bom poeta) que fala sobre cigarro. Enfim.