terça-feira, dezembro 13, 2011

I. Para as tardes de verão

O céu pincelava-se de um azul doentio,
E os olhos choravam-se, dispersos,
em meio à amplidão da inocência
das nuvens que se transfiguravam de idéias.
O pálido sol irradia luzes indecentes:
Incandescência, adolescência.
E as águas poucas miraculavam
Qualquer um que nelas se banhassem.
Horizonte em chamas, a fumaça do delírio
Que se extraviava das vias de passagem de carros
E cavalos.
E era a tarde de verão que surgia tímida
No espaço vazio, no vácuo da solidão.