sábado, agosto 01, 2009

Fragmentos.

São 6:11h da manhã. Acordei de súbito e não consegui mais dormir. Faz uns vinte minutos. Fiz um café médio e pouco adoçado: minha especialidade. Meus pais saíram. São sempre muito barulhentos ao sair, talvez por isso eu deva ter acordado. São estranhos à mim, as vezes. Adoráveis estranhos. Poderiam ser vizinhos, quem sabe. Dia primeiro de Agosto. Hoje completo um ano de namoro. Há um ano atrás naquele cinema minha vida mudou. Mudará mais. O silêncio na rua é constrangedor. Me esqueço que Cuiabá é ainda uma cidade pequena. Os pássaros ainda cantam e o mercado municipal está lotado: pessoas procuram por peixes, frutos e raízes. O dia já nasce entediado. Seleciono músicas de uma banda que não consigo parar de ouvir. O cheiro do café, da vida nova, do dia primeiro de Agosto. Lembranças. Me perco dentro de mim mesmo. Me confundo com coisas que sou e que gostaria de ser. Sou o sed non satiato. E a xícara de café realça o negrume do vício.