de madrugada
quando me deito
no escuro do meu silêncio
poemas de variadas formas
vêm aninhar-se a mim
ficamos todos
os poemas e eu
calados esperando
aquecidos, nesse frio
[besta que faz em cuiabá
o momento em que surja o dia
quando lá pelas tantas
em que já desponta um sol careca
levanto atrasado
e os poemas
percebo logo
já se foram
cada um para o seu rumo
fazer valer o sonho dos meninos
que não sentem nas costas
o peso do que é o viver
terça-feira, maio 27, 2014
sábado, maio 10, 2014
Pequenas coisas cotidianas
embora já não haja em mim
a disposição existencial
para os adornos da poesia
e mesmo não trazendo na algibeira
[o contentamento com a vida
o reflexo do tempo no espelho cotidiano
revela uma face confiante
não sabendo quem sou
mas aberto ao beijo do mistério
posso caminhar
com passo desritmado
sobre a linha do ser-no-espaço
- eu gasto saliva tentando explicar
as cores do dia
os sons das vontades
participo feito bicho
com meus urros e anseios
da repetição do mundo...
...e as palavras, meu deus,
reluzindo o silêncio
das coisas
a disposição existencial
para os adornos da poesia
e mesmo não trazendo na algibeira
[o contentamento com a vida
o reflexo do tempo no espelho cotidiano
revela uma face confiante
não sabendo quem sou
mas aberto ao beijo do mistério
posso caminhar
com passo desritmado
sobre a linha do ser-no-espaço
- eu gasto saliva tentando explicar
as cores do dia
os sons das vontades
participo feito bicho
com meus urros e anseios
da repetição do mundo...
...e as palavras, meu deus,
reluzindo o silêncio
das coisas
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