quarta-feira, novembro 30, 2011

Novembro

Novembro me chorou
água de trânsito cansado
olhos de cor fumê
fechados pro movimento do amor
as coisas são assim
há sim na vida
há sim nas vontades irrealizadas
ah, sim para o acaso
os ônibus despejam gentes
as camisas recolhem suores
e o triste ano continua
infarto de semeaduras
o que se colhe
o que se ex-colhe
Novembro me choveu
e me plantou
agora espero uma nova
terra
e um novo sol