O poeta é uma esfinge
No ser-tão do pensamento
É monumento tombado
No momento arredio
Em que se vendem palavras
E se fabricam mais carros.
O poeta não serve
De utilidade pública
Calamidade pública
Súplica avant-gard?
Guarde pra si.
terça-feira, setembro 14, 2010
segunda-feira, setembro 06, 2010
Gramático
Faço uma oração subordinada ao céu:
Que chova termos sobre minha cabeça vazia.
Meus pronomes relativos que saem pelos ouvidos,
Ou essa conjunção que integra meus pensamentos,
São os versos subjuntivos que gritam independência.
E o verbo pergunta pro sujeito onde fica a saída.
Chove-se no mundo gramático.
Que chova termos sobre minha cabeça vazia.
Meus pronomes relativos que saem pelos ouvidos,
Ou essa conjunção que integra meus pensamentos,
São os versos subjuntivos que gritam independência.
E o verbo pergunta pro sujeito onde fica a saída.
Chove-se no mundo gramático.
domingo, setembro 05, 2010
Velho
um vinho amargo pra curar esse trato
um trago, um gole pra acabar com esse tipo
um tempo pra matar esse troço
um vínculo torto pra aturar esse todo.
um trono de falso trapo.
um traço entre o sol e o salto.
um velho que vê sua vida
E pensa: é tanto ver, que vejo tudo.
um trago, um gole pra acabar com esse tipo
um tempo pra matar esse troço
um vínculo torto pra aturar esse todo.
um trono de falso trapo.
um traço entre o sol e o salto.
um velho que vê sua vida
E pensa: é tanto ver, que vejo tudo.
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