Ao meu pai
uso os óculos que
outrora
foram de meu pai.
na armação envelhecida
vejo solenes sinais de
temperança.
Estamos longe,
meu velho,
distantes como a tarde
ensolarada.
Mas agora carrego comigo,
a fim de ver uma nova vida,
teus óculos de armação rude
e considero
Junto a esse objeto estranho,
Que tenho de ti a partida,
vontade de vida nova
e nesses vossos olhos tão
vivos, meu pai,
e com esses óculos tão seus,
espero que o mundo gire a moenda
das renovações