A Antônio Sodré
O tempo te levou
Numa sexta-feira de verão.
O céu estava grave,
E você, sobre o inextricável destino,
Passou breve, sonhador.
A poesia que te viu
Fechou os olhos,
Mas abriu a boca num grito hermético:
Transmutou-se, enfim, poeta.
E a vida passava na tua charla;
Na barra da calça dobrada;
Nas tuas músicas, teu passo lento;
Na tua solidão.
2 comentários:
"Transmutou-se, enfim, poeta." Perfeito!
fecha-se um ciclo.
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