Ao meu pai
uso os óculos que
outrora
foram de meu pai.
na armação envelhecida
vejo solenes sinais de
temperança.
Estamos longe,
meu velho,
distantes como a tarde
ensolarada.
Mas agora carrego comigo,
a fim de ver uma nova vida,
teus óculos de armação rude
e considero
Junto a esse objeto estranho,
Que tenho de ti a partida,
vontade de vida nova
e nesses vossos olhos tão
vivos, meu pai,
e com esses óculos tão seus,
espero que o mundo gire a moenda
das renovações
2 comentários:
Também tenho um poema sobre pai... mas o meu é meio doentio e estranho. Eu nem gosto de olhar muito pra ele.
O seu eu gosto de ler, tem alguma leveza... consigo fazer boas associações, divergindo das que normalmente faço quando o assunto é este.
Gostei...
Cara, se puder, e quiser, dá uma passada lá no meu blog...
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