domingo, julho 17, 2011

Gatos

Na noite mal iluminada
Sem lua e sem nada,
Ouve o gato atento
Só o uivo do vento
De noite todo gato
Faz-se pardo; de fato
É caçador dos melhores
É a noite de amores:
Alguns gatos-pingados
Estão enamorados!
É noite de gaudério
Para o gato de cemitério
Que vive só, pelos túmulos
Que conhece absurdos, cúmulos.
Sem gaticídio, sem tristeza
A noite é a vossa natureza
Gato, Gatos, que agonia!
Viver da noite e se fartar de dia!  

(Cuiabá, 2005)

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